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02/10/2014 Novidades

Participar ativamente da vida dos filhos tem boa influência na carreira dos pais

A velha divisão das tarefas familiares, na qual a mulher cuida dos filhos e o homem é o provedor do lar, há muito tempo vem sendo contestada. O aspecto mais discutido é o direito da mulher de construir uma carreira profissional em pé de igualdade com o homem, ao mesmo tempo em que cresce o interesse de muitos homens em incluir o exercício pleno da paternidade em suas tarefas diárias.

Profissionais do sexo masculino têm progressivamente buscado a satisfação de participar do cuidado dos filhos com a mulher, mesmo que na maioria das famílias elas ainda se dediquem mais nesse quesito. De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), entre casais de classe média em que ambos trabalham fora, a mulher dedica 57% de seu tempo ao trabalho e 25% à família.

Para o marido, a carreira ocupa 61% do tempo, e as atividades domésticas chegam a 21%. Essa diferença já foi muito maior e tende a diminuir. Ambos os sexos gostariam de reduzir aproximadamente 20% o tempo direcionado à empresa e aumentar 20% a dedicação à vida pessoal.

A eleição de prioridades atormenta as decisões de pais presentes que desejam crescer na carreira. Durante todos os anos de graduação de sua mulher, Flavio Crivellari, de 42 anos, diretor financeiro da Aegea, empresa de saneamento de São Paulo, saía mais cedo do trabalho para tomar conta das duas filhas.

“Meu emprego me dava pouco tempo livre, então, para ficar com elas, muitas vezes abri mão de atividades que poderiam me dar destaque”, afirma Flavio. Quando o casal se separou, as meninas se mudaram com a mãe para Campo Grande, e para participar da educação delas Flavio alugou um apartamento na capital sul-mato-grossense, onde passou 44 dos 52 fins de semana do ano de 2007. Há três anos, as duas voltaram a morar com ele e, com elas, veio a necessidade de ponderar o tempo que passa em casa e no trabalho.

Dados do Instituto Data Popular indicam que 42% dos homens brasileiros não respeitam a decisão de outros homens de abandonar a carreira para cuidar da casa, enquanto 78% deles respeitariam se essa decisão fosse tomada por uma mulher.

Fonte: VOCÊ/SA

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