Um estudo recente revelou que 80% das empresas que lidam com consumidores terão de integrar seus sistemas de informação a redes sociais abertas, como Facebook e Twitter. Com isso, compreender os hábitos digitais de consumidores e vislumbrar as oportunidades de criação de produtos e serviços que as novas tecnologias trazem são habilidades esperadas de profissionais.

Quem é capaz de sugerir inovações se destaca no mercado. As empresas entenderam isso, mas sofrem com um problema: muitas mantêm no topo líderes analógicos, distantes da realidade digital e incapazes de detectar o valor das ideias de suas equipes.

No dia a dia, é complicado atuar ao lado de um chefe que tem dificuldades em entender novos modelos de negócio, baseados em alta conexão, mobilidade e respostas rápidas ao consumidor. É comum que, a partir disso, surgem certas discussões entre funcionários e diretores durante uma reunião.

“Saber ler o ambiente é uma competência que vai ser importante para toda a trajetória profissional. Você deve reconhecer se o líder está disposto a ouvir suas sugestões”, afirma Halina Matos, da Cia de Talentos, empresa especializada em recrutamento e seleção de trainees, de São Paulo.

“A abordagem do diálogo precisa ser respeitosa acima de tudo. Bons líderes são antes de tudo pragmáticos. Se o funcionário apresentar casos e resultados positivos de experiências semelhantes, dificilmente o diretor vai ignorar a proposta”, diz Pedro Waengartner, coordenador de marketing digital da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo.

O trabalho não é um mundo perfeito. Quando deparar com um líder analógico, lembre-se de que lidar com diversidade é outra competência valorizada nas empresas, justamente por situações assim.